03/02/2012

Nas luzes amareladas de São Paulo



cai a madrugada assoviada em são paulo
a velha luz amarela ilumina o centro
lá é meu lugar em pensamento e corpo
quero me perder em você, dentro de sua estação
o seu abismo que me cala extasiado
são paulo não são
vem me pegar logo
mariana, madalena, matilde, me agarrem em suas vilas
depois passeio na paulista que abraça formigas de várias espécies
e terminar embriagado nos neons da augusta
preciso das luzes amareladas da sé e república
me perder em sebos, esquinas e hotéis antigos
chegar feliz e assustado nas escadarias do municipal
assistir de camarote, encantado
a correria das moças branquelas de sutiã preto
cidade que alarda e me faz vivo
vem logo
senão vou até você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário